"Tudo bem. Líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, depois da reunião com a bancada do partido"
Em uma manobra política deflagrada de surpresa, o PMDB formou um megabloco de deputados na Câmara com outros quatro partidos da base aliada e conseguiu, ao mesmo tempo, deixar a futura presidente Dilma Rousseff refém do interesse desses partidos na formação do ministério e isolar o PT na disputa por cargos no Legislativo.
Juntos, PMDB, PP, PR, PTB e PSC vão somar no próximo ano 202 deputados, 55 a menos do que a maioria absoluta dos 513 parlamentares da Casa. Com esse número de parlamentares liderados pelo PMDB, Dilma terá, obrigatoriamente, de negociar com o 'blocão' para conseguir aprovar projetos de seu interesse e reformas constitucionais.
A formação do bloco à revelia do PT, principal aliado do PMDB, foi anunciado pelos líderes na tarde de ontem. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, sequer foi avisado da decisão pelo presidente do PMDB e vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB), com quem almoçava enquanto os líderes dos cinco partidos fechavam o compromisso do 'blocão' no Congresso. Temer não tocou no assunto, segundo relato de petistas surpresos com o 'golpe' do PMDB.
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