sábado, 29 de janeiro de 2011
Sobre alianças políticas
Aliança política entre partidos ou entre políticos trata-se sempre de um jogo de interesses. No entanto, é preciso tomar cuidado no tipo de interesse que está sendo aliançado entre as partes. Aqui temos dois caminhos. Um caminho é a formação de alianças políticas na construção de um projeto para o bem comum. As administrações públicas que são construídas com esse ideal costumam ser de sucesso. O governante no poder passa a ser um administrador do projeto que foi construído. O povo sempre sai ganhando quando isso acontece. O exercício do poder se dá de forma clara, transparente, democrática, participativa, coletiva.
O outro caminho é a construção de aliança política para satisfazer interesses de grupos ou de pessoas no qual o poder é fatiado entre os aliançados e no qual o interesse público pouco ou nada importa. As administrações assim construídas fazem o povo sofrer. Neste tipo de exercício do poder falta transparência, a democracia existe apenas na retórica, a participação popular é orquestrada e o coletivo se perde no personalismo fisiologista autoritário da gestão pública.
A democracia e o exercício da cidadania requerem que o povo reconheça nas alianças políticas essas possibilidades de construção do exercício do poder. Uma tem o viés democrático enquanto a outra o viés autoritário. Na possibilidade democrática o povo é o protagonista da história. O ator principal. Na possibilidade autoritária o povo é apenas coadjuvante. É mero figurante.
A educação política do povo se dá através da experiência e da observação dos políticos e dos partidos no exercício do poder. É somente no exercício do poder que se aprende a distinguir as alianças políticas e os políticos. O tempo abre os partidos e os políticos e os definem – são democráticos ou autoritários. Os democráticos governam com o povo e os autoritários governam para o povo. Isso faz uma enorme diferença na qualidade de vida das pessoas. Quem sabe aonde o sapato aperta é o pé e não o sapato.
Logo teremos a eleição municipal. O povo itanhaense já acumulou bastante experiência para escolher qual caminho trilhar. A escolha vai determinar se o caminho será suave ou espinhoso. Temos partidos democráticos onde a construção coletiva impera e temos partidos onde um só ou poucos mandam. Assim temos políticos que representam o coletivo e políticos que são representantes de si mesmos. É observar e optar. Viva a democracia participativa e sem anonimato!
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